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“Estamos constantemente a inovar”: na Incubadora A Praça

“Estamos constantemente a inovar”: na Incubadora A Praça

Conversámos com Toni Barreiros, Coordenador do Departamento de Inovação do Município do Fundão, para saber como a Incubadora “A Praça” está a mudar o ecossistema local com inovação e interação constantes. Não queres saber mais?

Conteúdo disponível em inglês.

Como surgiu o nome “A Praça”?

Esta é fácil, porque estamos sediados no antigo mercado Municipal que tinha como nome “A Praça”. Daí surge a Incubadora “A Praça”, mas que, de um modo geral, denominamos por Incubadora do Fundão.

Que tipo de projetos incubam?

Albergamos projetos em diferentes estágios de maturidade, com foco em mercados que abrangem desde cosmética natural, cannabis, cutelaria até tecnologia avançada como blockchain e inteligência artificial. A incubadora é aberta a diversas áreas, sem restrições.

Em que consiste o vosso modelo de incubação?

O modelo assenta num plano estruturado com etapas claramente definidas para o desenvolvimento das startups. Ao serem integradas na incubadora, as startups são avaliadas quanto ao seu nível de maturidade, sendo posteriormente agrupadas em sessões de mentoria com outras startups na mesma fase de desenvolvimento. Estamos constantemente a inovar e a procurar formas de enriquecer o ecossistema empreendedor.

Qual é o fator diferenciador da vossa incubadora?

Desenvolvemos e implementamos um plano de incubação que conjuga os espaços físicos e digitais, criando um ecossistema de incubação ‘figital’ onde startups de diferentes localizações interagem constantemente. Este plano inclui mentorias coletivas semanais, promovendo a partilha de experiências e o apoio mútuo num processo de colaboração estratégica incremental.

Por outras palavras, o que nos distingue e potencia o sucesso das startups que incubamos é o nosso plano de incubação ‘figital’, otimizado para o sucesso das nossas mentorias, e a ênfase na coletividade em todos os estágios de desenvolvimento.

Contem-nos a história de uma startup que tenha deixado a sua marca na incubadora?

Selecionar apenas uma startup é um desafio, mas destacamos quatro projetos que percorreram integralmente o nosso plano de incubação e que se encontram em franca expansão no mercado. A Musa, dedicada à produção de cosméticos biológicos, agora serve praticamente todo o território nacional. A Cutelaria Telmo Roque, conhecida pelas suas facas de chef de nível internacional. A Kannabeira, focada na produção e comercialização de cannabis na Europa. E, por fim, a Danyalgil Company, que se especializa em tecnologia blockchain, sendo frequentemente reconhecida em competições nacionais como uma das startups com maior potencial no mercado.

E em que medida a incubação convosco fez a diferença?

As quatro startups mencionadas foram acompanhadas desde o momento inicial, quando possuíam apenas uma ideia apaixonante sem um modelo de negócio ou produto definido, passando por todo o ciclo de desenvolvimento no nosso plano de incubação.

O fracasso também faz parte do percurso. Que aprendizagem destacam de algo que não tenha corrido como esperado?

Com algumas startups que não tiveram o sucesso esperado, aprendemos que o alinhamento entre o propósito do empreendedor e o negócio é crucial para o sucesso das startups.

A comunidade é um dos aspectos que distingue uma incubadora de um simples centro de escritórios. Como promovem a vossa comunidade e que planos têm para a tornar mais coesa e produtiva?

O cerne do nosso plano de incubação é o desenvolvimento de comunidades. Todas as nossas sessões de mentoria são coletivas, e incentivamos a interação direta entre as startups nos nossos encontros semanais e através da nossa plataforma de colaboração online. Podemos afirmar que a nossa incubadora é primordialmente um espaço dedicado à criação de comunidades de prática empreendedora, onde mentores e empreendedores colaboram no apoio ao sucesso mútuo.

Quais são os principais desafios para a incubação, no vosso contexto específico?

Inicialmente, captar empreendedores representava um grande desafio. Contudo, com a introdução do nosso plano de incubação ‘figital’, superámos essa barreira, atraindo startups de todas as regiões de Portugal e também do exterior, nomeadamente do Brasil.

 

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Startup Portugal Team • Abril 12, 2024

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