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Ecossistemas: A receita secreta da inovação FinTech por Mariana Gorjão Henriques

Ecossistemas: A receita secreta da inovação FinTech por Mariana Gorjão Henriques

Ecossistemas: A receita secreta da inovação FinTech

Escrito por Mariana Gorjão Henriques, Head of the Fintech House

Tradicionalmente, a palavra “ecossistema” descreve uma comunidade de organismos interdependentes e o seu meio envolvente. Na FinTech, um ecossistema representa uma rede complexa de empresas, plataformas, consumidores e tecnologias interligadas que contribuem coletivamente para a prestação e consumo de serviços financeiros. Não é demais sublinhar a importância destes ecossistemas no sector da FinTech.

Vamos aprofundar essa relevância com exemplos de Portugal.

1. Os ecossistemas promovem a colaboração e a inovação rápida

No mundo fragmentado dos serviços financeiros, a colaboração é fundamental. Muitas startups FinTech não pretendem, necessariamente, substituir os bancos tradicionais, mas procuram antes colaborar, oferecendo serviços especializados que os bancos podem não fornecer. Por exemplo, o Portugal Fintech Report de 2022 apresenta alguns casos de estudo de colaboração como o onboarding digital da LOQR para a Credibom e o Banco Português de Gestão. Entretanto, a Visor.ai desenvolveu um chatbot para o Facebook Messenger da Fidelidade para responder às perguntas mais frequentes.

2. Os ecossistemas impulsionam as parcerias para oferecer a melhor experiência

Um dos principais objetivos da FinTech é oferecer uma melhor experiência ao cliente em comparação com os serviços financeiros tradicionais. Ao trabalharem no âmbito de um ecossistema, as empresas FinTech podem oferecer uma experiência integrada e sem descontinuidades aos seus utilizadores. Por exemplo, a Rauva, com sede em Portugal, presta serviços a empresários de PME na região do Mediterrâneo europeu. A aplicação facilita vários processos empresariais, desde a abertura de uma conta até à gestão de despesas, tudo num único ecossistema.

3. Os ecossistemas permitem a flexibilidade regulamentar

Um ecossistema de empresários e especialistas em FinTech proporciona um profundo conhecimento sobre a complexa regulamentação financeira. O Portugal Finlab é um exemplo disso mesmo. O Portugal Finlab é um canal de comunicação entre os inovadores – novos intervenientes no mercado ou instituições já estabelecidas com projetos ou produtos financeiros inovadores de base tecnológica – e as autoridades reguladoras portuguesas. Através dele, as Autoridades fornecem diretrizes aos Participantes sobre como navegar e operar no sistema regulador.

O objetivo do Portugal Finlab é apoiar o desenvolvimento de soluções inovadoras em FinTech e áreas relacionadas através da cooperação e compreensão mútua.

4. Os ecossistemas incentivam a divulgação de conhecimentos 

Os desafios de um empresário têm sido, na maior parte das vezes, já antes enfrentado por outros empresários. Ao reunir todos no mesmo ecossistema, uns e outros podem beneficiar da sabedoria e das experiências partilhadas.

The Fintech House: Construir esta visão de um ecossistema 

A Fintech House é uma joint venture entre a Portugal Fintech e o sitio, representando mais do que apenas um espaço físico. Com 2400 metros quadrados e 10 andares, não é apenas uma área de coworking, mas um ecossistema para empresas FinTech, Regtech, Insurtech, Cybersecurity e DeFi. Este centro faz a ponte entre os inovadores e os reguladores, consultores e instituições financeiras. Além disso, a Fintech House oferece um apoio abrangente, desde o acesso a capital até à criação de redes com entidades estabelecidas.

O futuro da FinTech parece promissor. O potencial deste vertical torna-se mais evidente quando empresários com ideias semelhantes colaboram entre si. Locais como a Fintech House destacam os benefícios da inovação verticalizada.

À medida que a FinTech continua a evoluir, estes ecossistemas coesos desempenharão um papel cada vez mais importante.

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Startup Portugal Team • Setembro 22, 2023

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